sábado, 27 de junho de 2015

Carta aberta "Por uma Lisboa livre de drogas"

Caro Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. Fernando Medina,
Há uns meses largos passei pela Rua Augusta, centro nevrálgico, histórico e turístico da nossa cidade de Lisboa e foi abordado imensas vezes por passadores de droga que me impingiam o vulgo “chamon”, a “marijuana” ou até mesmo a “coca” (entenda-se cocaína). Confesso que a minha paciência chegou ao fim quando cheguei ao fim da mesma rua, pois foram mais de 10 indivíduos que em abordaram sempre com a mesma conversa. Quando voltei pela mesma rua, desta vez em direção à praça D. Pedro IV, foi novamente abordado por um indivíduo. Desta vez um agente da Policia Municipal de Lisboa seguia no mesmo sentido a escassos metros e deve ter visto os meus desatinos com um deles. O Senhor agente deve ter feito vista grossa à situação, pois o Sr. Agente passou ao meu lado e não interveio. Nada me aconteceu, pois o meu tamanho intimida, mas o que é certo, é que gostaria ter tido uma reação do Agente. Quis tanto que até fui falar com ele e perguntei se não tinha visto o que se passara. Fiquei incrédulo com a resposta que foi mais ou menos nestes termos: isso não podemos fazer nada! Eles amanhã já estão cá fora! Etc. Como já estava um pouco fora de mim, afirmei: “Se o Senhor não tem têm os seus superiores!” Só neste momento é que então decidiu agir com outros indivíduos que por ali passavam a fazerem o mesmo que o primeiro… tudo isto em plena luz do dia!
Tenho ainda a acrescentar que há uns dias, no aeroporto, o meu local de trabalho, onde obrigado a fazer perguntas de segurança a todos os passageiros que me passam pela frente, há mais ou menos uma semana um passageiro/turista, quando lhe perguntei se na sua bagagem de mão levava algo de ilegal respondeu-me que não, mas que lhe tinham oferecido drogas ilegais no centro da cidade.
Desde modo venho reclamar, em carta aberta, os tempos em que se passeava pela Rua Augusta sem ter que ser incomodado por estes infratores da Lei e que, apesar da cidade de lisboa não ser então considerada a mais bonita do mundo, a mais agradável para se viajar, etc., havia uma relativa paz, em que as forças de segurança atuavam (e até de certo modo a Policia Municipal era mais “papista que o Papa”), em que os turistas não reclamavam por causa de droga ser vendida na rua à luz do dia, em que a segurança era mais evidente.
Bem sei que a Policia Municipal não pode prender, mas ela pode sempre chamar quem o faça (entenda-se a P.S.P.) e ser um reforço de segurança. Afinal não foi para isso que foi criada? Ou foi só para passar multas de estacionamento?
Pergunto também que medidas pensa criar nesta matéria? E para quando? Quantos turistas precisaram de me dizer o mesmo e levar uma má imagem da cidade onde nasci?
Fico a aguardar uma resposta célere sua, que pretendo publicar em criarnamente.blogspot.pt assim como fiz com esta carta.

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