segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Obviamente demito-me!

Não é com animo que o digo, mas acho que minha história e a do +DP chegou ao fim.
Para quem não sabe à praticamente um ano, depois da campanha autárquica, comecei, dentro da associação +D - Democracia em Movimento, a envidar esforços para lentamente caminharmos para um partido politico nos moldes desta associação uma vez que a logística para continuar a ser independente é ainda extremamente pesada e burocrática. Pessoa a pessoa fui tentando falar neste tema até que o mesmo chegou à Coordenação Nacional desta associação, uma vez que ainda não pertencia à referida coordenação. Por isto fui tido como uma pessoa que queria “tacho”, embora não seria o único a ter esta ideia de formar um novo partido.
Mas nunca quis para mim qualquer cargo de responsabilidade. A minha candidatura à primeira CEF, e única, foi apenas e só para forçar um processo que tardava e só poucos dias antes do 1º Encontro Nacional teve lugar. A meu ver “não foi” muito democrático, pois entendo que um processo destes necessita de um período de reflexão critica de quem vai votar, alias como qualquer eleição feita em democracia.
Passou-se o encontro e duas semanas depois lá estava eu a tentar que as pessoas fossem para a rua para recolher assinaturas, mas se bem se lembram (os que estão cá há mais tempo) tivemos o problema do Calos Miguel Sousa com o Francisco Mendes e com a sua moção de confiança em Janeiro. Foi-me pedido que esperasse e que a seu tempo sairíamos para a rua. Ambos saíram do +DP e este movimento perdeu mais de 50% dos seus participantes. Só em Março é que houve a primeira reunião em Lisboa para essa mesma organização de rua e que, a pedido do Rui Martins e da Margarida Ladeira (que dentro da reunião quase me obrigaram a candidatar-me a esse cargo) e ao qual tive de forçar a nota perante os outros participantes (ao ver que ninguém iria ficar neste posto de livre vontade) para bem de uma coesão de grupo.
Sofri perseguições e censura dentro deste movimento por falar neste partido no blog da associação +D - Democracia em Movimento e sei que esse artigo deu grandes “frissons” na CEF. Recuso sempre a censura, especialmente quando esta é gratuita e não posso admitir que me venham falar nela, de minha parte, para com os outros especialmente quando exigi e exijo respeito entre aqueles que me eram pares! Nunca confundi liberdade com libertinagem, como a maior parte da minha geração o fez! E ao que parece há elementos dentro deste grupo que não sabem essa diferença… Só mais uma coisa: ultimamente só faltou chamarem-me fascista, mas a esses agora lhes digo que os maiores fascistas são esses marginais que usam de libertinagem, uma vez que, para fazer prevalecer as suas ideias atropelam os outros esquecendo-se que a liberdade tem regras.
O respeito não é o ataque constante a tudo quanto se pode escrever, dizer, ou defender para resolução de problemas ou até mesmo das ideias de cada individuo. Respeito, a meu ver, é ter ideias diferentes de como resolver o mesmo problema e entender que não posso forçar ou ridicularizar alguém por pensar de modo diferente, é saber que posso brincar com outros elevando o bom ambiente do grupo sem desrespeitar os que me são pares (lembram-se a discussão que foi com a brincadeira dos prémios para que recolhe-se mais assinaturas??? Eu lembro-me, especialmente de como alguém mandou o petardo!). Essas e tantas outras que colecionei do mau ambiente que já é característico a este movimento, bem como as derrotas politicas no campo de um ensino universal e gratuito para Portugal e que aqui tanto teimam em insistir em bolsas de estudo imorais e insuficientes!... (não acreditam, vejam o programa!) Se calhar se houve-se um espaço para discussão destes temas, a tal J+DP que falei no primeiro encontro e que todos acharam ridículo era o local para demonstrar o erro crasso que estão a cometer e sobre o qual posso demonstrar o resultado de dois inquéritos (um deles feito por mim, o outro pela Univ. Católica) feitos aos jovens.
Sem esquecer que a maior parte dos que aqui ficam não são os tais “desbravadores”, que tanto falei, pessoas que são capazes de pedir a outros cidadãos assinaturas, sim porque este projecto necessita urgentemente de as ter e de ser mediático. Sim mediático! Pois só assim a opinião publica vós conhece. Mas nem vou comentar esse vosso erro crasso!
Por estas razões e por tantas outras que já nem quero recordar e por já não acreditar neste projecto rompo aqui a minha militância e participação no +Democracia Participativa desejando-vos a maior sorte do mundo e ingressarei no movimento “Nós, Cidadãos” tentando sempre travar o combate por uma verdadeira democracia participativa no nosso País bem como lutar por um ensino publico universal e gratuito.
Abraços! E boa sorte!