segunda-feira, 30 de março de 2015

A revolta dos estudantes

É certo que a sua luta é algo de tempos antigos, mas nós sabemos que o facto de ter o ensino superior não gratuito é um autêntico entrave na nossa sociedade no que diz respeito ao desenvolvimento económico, mas também o grande agravamento de que as pessoas não possam subir estratos sociais, segregando-as, uma vez que não têm conhecimento.
No entanto, vejo alguma esperança na acção feita pela Académica de Coimbra e seus membros. A manifestação e a recusa da sua presença o almoço com o Sr. Primeiro Ministro Passos Coelho em pleno dia Nacional do Estudante é nada mais, nada menos o que tenho escrito em outros blogs. E atenção! Já se grita a plenos pulmões "mais segurança social!" subentenda-se: queremos estudar gratuitamente!
Não posso deixar de louvar estes "urros" da Académica, pois entendo perfeitamente as suas atitudes. 
Infelizmente não digo nada de novo mas aguardo ansiosamente para que Portugal possa ser livre no ensino, sem nunca descorar do rigor necessário ao bom ensino.

sábado, 21 de março de 2015

Nevoeiro

Hoje relembro-vos um poema de Fernando Pessoa:



NEVOEIRO


Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!
Fernando Pessoa                                                                
________________________._________________________

E a hora chegou. Digo eu!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Ricardo Carvalhosa Arquitectura e Design: Alvar Aalto

Ricardo Carvalhosa Arquitectura e Design: Alvar Aalto:  O Arquiteto de renome Hugo Alvar Henrik Aalto nasceu em Kuortane, Finlândia, em  1895. Quando tinha cinco anos mudou-se com a sua famí...

Aalto


sábado, 14 de março de 2015

A ideia da maioria absoluta...

Muitos de nós já ouvimos dizer que para se constituir governo é preciso também uma maioria absoluta na Assembleia da Republica para não cairmos na ingovernabilidade e que isto não pode acontecer, que “ainda nos cai o Carmo e a Trindade” e que é a nossa desgraça, etc., etc., etc.
Mas antes de entrarmos na discussão seria da questão peço que olhem para isto:

Quadro de legislaturas
Ano de início de legislatura
Partido vencedor
Percentagem de assentos na AR
N.º de Deputados (TOTAL)
FMI em Portugal
1976
PS
40,68%
107
v
1979
AD (CDS+PPM)
48,4%
121
x
1980
AD (CDS+PPM)
50,4%
126
x
1983
PS
40%
101
v
1987
PSD
59,2%
149
x
1991
PSD
58%
135
x
1995
PS
38,26%
112
x
1999
PS
50%
115
x
2002
PSD+CDS/PP
51,74%
119
x
2005
PSD
52,61%
121
x
2009
PS
42,17%
97
x
2011
PSD+CDS/PP (a)
57,39%
132
v
(a)    Esta coligação foi posterior às eleições.

Podemos constatar que primeiro são sempre os mesmos que governam o nosso Pais e que quando há grandes maiorias parlamentares o FMI iria estar na legislatura ou esta é herdeira de sucessivos problemas das anteriores que obrigam a chamada do FMI. Mais ainda quando alguma coligação se estabelece é o caos para o Pais, pois ninguém a consegue demover das eventuais perversidades que nela poderão existir. Sim acho que estas questões de maioria absoluta são, ou quase são prenúncios de ditadura uma vez que os últimos governos que as procuram não dão margem de manobra para uma escolha na Assembleia da Republica e que querem ser donos de uma verdade falaciosa, dado também à disciplina partidária. Ora se não temos escolha para onde foi a nossa liberdade???
Por outro lado entendo que quem tem uma maioria absoluta ficará tendente a uma não fiscalização de todo e qualquer ato governativo o que nos pode levar à corrupção, à gestão danosa do estado, à falsa ideia que tudo está bem pois não há problemas com o Estado. Resultado: Basta olhar para Portugal! Durante anos tivemos governantes impunes, ministros com carácter que pode lançar duvidas, contratos com empresas “publico-privadas” que estilhaçam a economia e a oposição quando muito fez, faz e favrá “pio”. Pois era só isso que podia fazer!
Solução para isto? Minha gente só há uma: Pacto de estabilidade económica e social.
Porquê? Todos os partidos são chamados a trabalhar em conjunto em pontos que podem ou não ser comuns que sejam para o bem da população e fiscalizam a ação dos partidos que lhe são opostos sem por em causa a liberdade de escolha nas decisões a ser tomadas. Não é simples de executar mas estou convicto de que será mais difícil da corrupção proliferar bem como o tráfego de influencias. Mas também tenho pena consciência de que enquanto não nos deixar-mos de "capelinhas" partidárias isto não vai ser feito ou tentado.

terça-feira, 10 de março de 2015

Pensamento Arquitectónico II

Qualquer dia pego em caixas de sapatos para fazer maquetas e projectar casas!
Juro que faço!

Gaita! Onde para a criatividade?

sábado, 7 de março de 2015

Liberdade, onde estás? Quem te demora


Liberdade, onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não Caia?
Porque (triste de mim!) porque não raia
Já na esfera de Lísia a tua aurora?
Da santa redenção é vinda a hora
A esta parte do mundo que desmaia.
Oh! Venha... Oh! Venha, e trémulo descaia
Despotismo feroz, que nos devora!
Eia! Acode ao mortal, que, frio e mudo,
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha estudo.
Movam nossos grilhões tua piedade;
Nosso númen tu és, e glória, e tudo,
Mãe do génio e prazer, oh Liberdade!


Bocage




Pala nossa liberdade fica aqui um texto de um grande poeta!