sábado, 2 de maio de 2015

Greve NÃO, Privatização TAP NÃO!

Parece um anacronismo o título que escrevi, mas entendo que faz sentido e direi o porquê desta negação.


O meu obrigado

Mas antes há que agradecer a todos os pilotos que tiveram a devida coragem de dizer ao seu sindicato um belo de um NÃO a esta greve descabida, nestes termos e com tantos dias. Ainda há muitos pilotos na TAP que são provenientes da Força Aérea Portuguesa e que têm tem a noção do “dever a cumprir à nação” e a quem faço devida reverencia conjuntamente com os outros seus colegas.



Porque discordo

 A greve foi anunciada há cerca de um mês e com os seus altos e baixos indo mesmo para a frente com a revindicação de “não privatizar da TAP”, mas há premissas que foram omissas a todos os que de fora olhavam para o anúncio da convocação. Nela estava o facto de o sindicato exigir ao governo a promessa de uma percentagem no capital da empresa… Isto levanta-me uma questão: como é que um trabalhador, mesmo que seja piloto, pode exigir uma percentagem de sua empresa sem pagar por ela??? Serei o único louco que vê aqui uma vontade de lucrar com a TAP sem fazer investimento? Voltando aos dias que foram convocados, dez no seu total, não poderá ser mais do que um tiro no próprio pé, pois nos tempos que correm nem mesmo os pilotos, que são bem pagos em comparação a outros cidadãos portugueses, têm esse luxo de não trabalharem durante tanto tempo. Desde à uma semana que ouço que esta greve iria ser posta ao fracasso nada mais, nada menos por causa do tempo convocado. Quem é que quer perder dez dias de ordenado? Isto mostra uma ganancia por algo que só a história se encarregará de dizer o porquê.
Por outro lado, devo também que perguntar o que é que faz um consultor no SPAC – Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, a ser pago a peso de ouro (mais concretamente a 250€/h), que a meu ver, uma vez que não pertence aos órgãos do mesmo, devia ser voluntário não remunerado. Isto não é um exagero? Fica mais uma pergunta. Creio que o SPAC deu-se conta do seu fracasso, pois já se comentava pelos corredores do aeroporto de Lisboa a fraca adesão e também o não apoio de outros sindicatos que trabalham no mesmo local. O SPAC podiam ter desconvocado a greve uma vez que a TAP já tinha sentido os danos colaterais e por isso poderiam dizer que tinham marcado a sua posição, mas mais uma vez a teimosia vence por causas que não me parecem justas.

Devo comentar ainda que o Sr. Ministro da Economia, António Pires de Lima, que a meu ver, esteve bem fazendo o apelo aos pilotos. Comento ainda todos o que dizem que foi “fazer pressão”, a estes tenho a dizer estiveram mal pois esqueceram-se que o Sr. Ministro não requestou ninguém para fazer serviços mínimos, logo não obrigou ninguém a trabalhar. Penso eu que a Constituição Portuguesa diz que estamos num “país dito livre” e que, cada um, diz livremente o que pensa. A continuarem assim só dão trunfos ao Sr. Ministro!







Contra a privatização

Não pense que por dar um elogio ao referido Ministro que favoreço a privatização, especialmente no quadro legal que temos para o dito “direito preferencial do Estado”. Muito pelo contrário! No que toca a direitos preferenciais do Estado, a meu ver, não passa de papel higiénico, desculpem o temo, para dizerem que está tudo bonitinho no sítio, mas que na prática não nos defende de nada uma vez que não há a dita moldura legal para estas situações como existe no Reino Unido e que quem comprar a TAP (provavelmente a desbarato) pode contestar esse direito do Estado Português uma vez que é dono maioritário dos capitais da empresa e que Portugal já não tem sociedade na TAP. Isto sim é a maior falha do governo podo em risco a maior parte dos postos de trabalho, pois a conjuntura atual da empresa é semelhante ao que aconteceu à Swiss air. Esperemos é que não aconteça já antes da venda, pois a fatura vai ser para por todos os portugueses…

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