sábado, 25 de abril de 2015

Liberdade ou "Big Brother" português?

É ser que a globalização aproxima as pessoas e todos sabem de tudo e tudo sabe de todos.
Mas há algumas coisas que me deixam perplexo!
Há uns meses largos uma funcionaria da Segurança Social terá alegadamente dito no facebook que iria viajar [entenda-se: pela net] enquanto estaria de baixa medica, o resultado não poderia ser o mais catastrófico possível para a funcionaria, pois alegadamente este episódio encerrou em processos disciplinares e despedimento.
Em outro caso, desta vez mais próximo de mim, posso descrever que tive até à poucos dias um "rotor" de gás a funcionar mal e fazia uma chinfrineira de fazer parar os meus vizinhos... reclamamos em Agosto e perguntaram-me da Lisboa Gás se tinha cheiro deste combustível. Como a resposta foi negativa disseram que tinha de esperar até haver disponibilidade de piquete. (estamos a falar de gás, não estamos a falar de águas!!!)
Sei que, e infelizmente não consigo precisar quando, fiz nova queixa à Lisboa Gás e a resposta foi a mesma!
Voltemos ao facebook, desta vez com o meu caso do gás. A minha mãe esteve a ler piadas das amigas e às tantas aparece a anedota do assalto nos Estados Unidos: Conta-se que uma senhora ligou para as emergências a dizer que lhe tinham entrado em casa e que a policia viesse o mais rápido que pode-se. A agente do outro lado da linha disse que não tinham ninguém para ir ao local mas que iriam tomar conta da ocorrência. Segundos depois a senhora da casa liga de novo a dizer que matou dois indevidos. A policia não tardou em chegar! Prenderam dos dois ladrões e perguntaram onde é que paravam os outros dois mortos. A senhora respondeu com toda a calma do mundo: Não estão porque não matei ninguém, mas disse que tinha morto pessoas para haver socorro, caso contrario os senhores policias não apareciam. A minha mãe comentou que se calhar ainda ia fazer algo do género. Comunicava à companhia do barulho que o rotor fazia e se a resposta fosse a mesma ligava novamente para dizer que cheirava a gás.
O curioso é que no dia seguinte a Lisboa Gás liga à minha mãe para perguntar se ainda se mantinha o mesmo problema e quando é que podiam vir resolver o problema. É no mínimo curioso que depois de nove meses e um comentário nas redes sócias faça "parir" um arranjo definitivo!

Agora a questão de "base" será que estamos verdadeiramente a ser livres quando damos um ai e temos uma "ambulância" à porta? Ou no sentido figurado dizemos que vamos aqui e além e temos um processo porque o que dissemos foi em tempo de baixa médica? Ou ainda pior quando se diz que há a possibilidade de fazer alguma maluquice por não ter arranjo à vista e aparece o arranjo?

Parece-me que andamos a ser vigiados bem de perto e de forma agressiva a ponto de dar-se um ai e alguém dizer que está morto. Isto não é liberdade mas sim vigilância com laivos de ditadura!

Escrevo isto para relembrar os ideais de Abril que há 41 anos outros tentaram firmar.

Grito por Liberdade!

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