sábado, 16 de maio de 2015

Bullying

Esta semana, mais uma vez, fui alertado por um amigo de mais um incidente entre jovens que batiam porque sim noutro jovem. Confesso que não fui capaz de ver aquela monstruosidade, mas leva-me a perguntar os que é que se pode fazer a esta faixa etária. Será que deviam ter mais disciplina? Será que deviam ser despertados ainda mais para estes perigos?

Todos sabemos que os corredores de escolas e "campos de ferias" eram os sítios preferidos destes delinquentes que pensam que a força é que os mantem à tona do resto da humanidade mas o que é facto é que na maior parte dos casos acabam por abandonar a escola tornam-se marginais, uma vez que não têm estudos para concorrer a empregos com alguma qualificação. Na melhor das hipóteses vivem de subsídios em subsídios quando não caem nas mãos do tráfego de droga ou furtos ou ainda presos.

Antes  do 25 de Abril de 74, dizem-me pessoas mais velhas, nunca uma situação destas podia chegar onde chegou. Havia respeito mínimo entre colegas de escola, contínuos e professores. Todos se respeitavam e mantinham uma distancia. Não estou a dizer que se deve voltar a tempos em que o alunos era quase que desprezado, mas todos sabemos que desde tal data as  mudanças de comportamentos pedagógicos têm vindo a mudar. A situação de se crer à força democratizar o ensino sem olhar a como, quando e porquê irrita-me solenemente. Irrita-me pois um dos princípios básicos que um dos meus professores de Universidade me ensinou é que "a sala de aula é o único lugar onde nunca poderá haver democracia, uma vez que o professor obrigatoriamente sabe mais que o aluno". Diga-se de passagem que este foi o  professor mais monarquista declarado que tive pela frente. Esta semana tive um formador que me relembrou o mesmo conceito dizendo: "a minha sala de aula é uma democracia, desde que seja eu a mandar!". Por isso irrita-me solenemente quando há professores a dizer que o aluno é igual a ele na sala de aula. Eles são iguais perante a lei, mas nunca o vão ser enquanto o aluno não tiver o mesmo nível de conhecimento. O segundo ponto é que para haver comunicação não pode haver ruído e por isso o professor fala e os alunos ouvem, o professor pede um feedback quando quer saber das duvidas dos seus alunos e os alunos falam, por exemplo. Terceiro ponto disciplina: esta pode sempre ser feita com toques subtis ou subliminares, por exemplo os estrados que existiam nas salas de aula (e algumas ainda lá permanecem) e que os senhores professores embirram, mas que pelo facto de estarem mais alto do que a sua turma relembra bem esse facto que é ele quem forçosamente está a cima do resto e que dirige a aula. Dizer aos alunos que eles têm que seguir normas é outra, etc.

Passando para outro lado da questão.
Relembro um caso já velho - Escola Carolina Michaelis, 2008. Uma professora confisca o telemóvel de uma aluna. A professora é quase agredida entre empurrões e gritos da aluna que tenta reaver à força o telemóvel. Este episódio foi parar ao youtube e já conta com 452 820 visualizações. Recordemos também que isto já  acontece fora da sala de aula, em plena luz do dia. Basta só que um dos miúdos não goste das roupas de outro e temos o caldo entornado. Violento isto, não? Mas não foi o ultimo que se teve conhecimento, pois esse foi numa rua da Figueira da Foz com questões de namoros, chegando a ser agredido um rapaz por duas jovens da mesma idade, em que o visado não reagiu devido ao receio do tamanho grupo delas, que contava também com outro matulões que nada fizeram para além de gravar o episódio e fazer chacota. O sucedido deu-se há um ano e foi publicado no Youtube, o que não deixa de ser algo ridículo, pois agora deve ser usado como prova na queixa que já está a decorrer. A Lei do "Bullying", apesar de ter sido aprovada em governo PS nunca avançou para a sua publicação e por creio que não se pode enquadrar neste caso, mas sempre se poderá responsabilizar os culpados, uma vez que não deixa de ser uma agressão. Não deixa de ser um facto curioso esta cosa de filmarem!

Por fim quero deixar uma mensagem a quem sofra ou sofreu destes actos parvos que vale sempre a pena denunciar estes factos e que há ajuda para o bullying no site: PortalBullying. Vai lá e procura ajuda. Não estás sozinho!

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